Ela estava lá embaixo, perto do lago. Muita gente achava que ela não conseguiria subir tanto. Ela mesma não achava que poderia. Mas nesta manhã ela resolveu tentar.
Primeiro enfrentou escadas de pedra polida, junto à margem do lago. Depois a trilha estava desenhada sobre o mato pelos pés dos adultos que subiram antes dela. Será que eles também subiram em busca da mesma resposta?
Com passos pequenos e assustados, ela enfrentou o medo. Pensou em todo o apoio que não teve. Ninguém quis ajudá-la a subir, durante muito tempo. Nem ensinaram o caminho, nem deram dicas. Mas ela resolveu subir assim mesmo. E ao começar, encontrou quem a ajudasse. Só por ajudar, só para vê-la feliz.
A cada ajuda que encontrava tomava coragem pra subir mais. Vieram alguns pra dar uma força, outros pra dar uma palavra de apoio. Outros apenas pra ela saber que não subia sozinha.
Foi difícil, cansativo, mas ela chegou no topo. Enfrentou o último desafio, colocando uma pedrinha no chão pra pisar, pra ver por cima do muro. E viu. Exatamente o que ela queria.
Viu que ter subido a fez quem ela é. Viu que ter passado pelo que passou a fez melhor. E sorriu.
(foto do dia incluida... Lago Titicaca)
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